sexta-feira, 30 de março de 2007
Fotos de Kirchberg
quinta-feira, 29 de março de 2007
Treino intenso...
segunda-feira, 26 de março de 2007
SOL
PS. Estão a ver porque é que eu não tenho escrito... agora é que não digo MESMO nada de jeito!
sábado, 24 de março de 2007
O post mais estupido de sempre
quinta-feira, 22 de março de 2007
Kirchberg - Tirol - Austria
Iniciação ao SKI
Conseguimos arranjar um grupo de 5 pessoas que nunca tinham esquiado antes. Éramos todos mais ou menos jovens e ansiávamos por deslizar pela neve branca. Comprámos um pacote de 3 aulas. A primeira aula foi dada por um instrutor que a cada 5 palavras dizia 3 vezes “ya”. Ao fim do primeiro dia achávamos que tínhamos desenvolvido muito, mas quando conhecemos o instrutor da segunda e terceira aulas descobrimos que tínhamos sido burlados e que não tínhamos era aprendido nada de jeito. O segundo instrutor esteve no exército americano durante 3 anos e as nossas aulas faziam lembrar isso mesmo. Ajuda a levantar do chão? Sozinho e é se queres que tens bom corpo para isso. A Paola que o diga que esteve no chão 20 minutos sem se conseguir levantar e ele continuou a dar a aula e a gritar-lhe (gritar porque estava longe não por estar zangado) de 5 em 5 minutos “stand up, get up”. O que fazíamos nunca era bem feito era “not so bad”. Foi o máximo e divertimo-nos imenso.
Primeira descida pela montanha: só aconteceu na terceira aula e foi uma emoção. Descemos devagarinho e por uma pista superfácil, mas em certos pontos deu para sentir o início da adrenalina que velocidade nos dá.
Primeiro mini tombo: primeira aula a sair do elevador… sim a esquiar nunca caí, caí quando cheguei ao cimo da pista e não consegui largar a coisa que nos puxa e comecei a esquiar na relva que lá havia. Má ideia… os esquis só deslizam mesmo na neve.
Primeiro tombo: aconteceu na primeira descida da montanha. Como sou portuguesa e gosto de ser solidária com as pessoas não caí sozinha. Bati contra uma mulher, abracei-a e caímos as duas. Eu ainda lhe gritei para se desviar ela é que não ouviu. Bem… se calhar não devia ter gritado em português… mas um grito é um grito e em dois segundos não dá para pensar muito bem o que vamos gritar!!!
Primeiro tombo dos grandes: quarto dia, já sem instrutor, quando decidimos experimentar outra pista azul (alguém me tinha dito que a verde era a mais fácil, mas por estas bandas a azul é que era). Cá para mim deve haver azuis claras e azuis escuras, porque a primeira descíamos na boa e quando experimentamos esta… bem… Assim que vi a inclinação percebi que ia cair um monte de vezes e realmente não me enganei. Aventurei-me e dois metros mais abaixo lá estava eu no chão… duas cambalhotas depois… virada de cabeça para baixo. Comecei-me a rir e enquanto não parei não me consegui levantar. Aquilo era mesmo complicado, porque é assim… uma pessoa vai de lado e quando se chega á ponta têm que se virar os esquis para o outro lado o que permite que estes fiquem na direcção do vale por uns milésimos de segundo, o suficiente para se ganhar uma velocidade inacreditável. Como não sou burra nenhuma arranjei uma estratégia… ia até à ponta… atirava-me para o chão… trocava os pés para ficar virada para o outro lado e levantava-me. Não aprendi muito bem a descer a alta velocidade mas deu para descer sem me partir toda. Acho que experimentamos esta muito cedo. Fica para o ano.
As pessoas
B.S. TEAM (begginers ski team, fui eu que lhe dei o nome que agora todos usamos).
Sara – Portuguesa a trabalhar na Polónia
Paola – Originária do Equador, iniciou PhD no Rio de Janeiro e está a termina-lo em Dresden na Alemanha. Grandes conversas que tivemos em português.
Ermin – Nasceu na Bósnia e está a trabalhar em Berlim com uma perninha no MIT. É um dos crânios da Física, super inteligente mas sem aquele aspecto de cientista maluco. Muito divertido e brincalhão.
Ariel – Nasceu na Argentina mas desde pequeno que se mudou para Israel, onde está a trabalhar. Esteve 3 anos no exercito e para relaxar a seguir foi viajar durante 3 meses pela américa latina. Fala espanhol e tem imensas histórias para contar. Um lutador nato e vive a vida de um modo que admiro muito.
Aravind – Indiano a tirar pos-doc na Alemanha. Muito jovem e engraçado. Era de todos o mais individualista mas ao conhece-lo melhor conseguimos entender que isso faz parte da educação dele.
Passámos imenso tempo juntos, não só no ski, jantávamos juntos e ficávamos no bar até mais tarde depois das conferencias.
Outras pessoas
Daniel – Alemão, com mulher brasileira, de volta à Alemanha. Doido por snowboard onde se atira sem pensar e cai sem dó nem piedade de si próprio. Ficámos grandes grandes amigos e foi ele que me deu mais apoio nesta semana. Também grandes noitadas de conversas em português. No primeiro dia era para mim tão estranho falar a minha língua que tive que fazer um esforço extra para falar com sotaque brasileiro, o que resultou numa misturada de inglês e português com ele a corrigir-me. Um alemão a corrgir-me o meu português… estava mesmo parvinha. Ao segundo dia já me tinha passado e vi o gozo que dava gozar as pessoas presentes sem elas perceberem.
Mayra – Brasileira de S. Paulo a tirar PhD na alemanha. Apesar de ter os seus 30 anos, fez a sua primeira directa na penúltima noite e estava excitadíssima por isso. Realmente eles ganham-me em experiências de nanotubos, mas em noitadas e histórias associadas passo a perna a qualquer um…
Ernö – Um dos barman do hotel. Fiz-lhe uma caipirinha e ele a mim outra (é uma vergonha mas a dele estava melhor). É amigo de toda a gente e faz cocktails de chorar por mais.
Atila – O outro barman. No dia em que jogou o Benfica com o PSG perguntei-lhe se o jogo dava na televisão. Não dava mas conversamos imenso sobre futebol. A partir daí de cada vez que me via levantava os braços e dizia “Benfica”. Prometi-lhe um cachecol no ano que vem…
3 Espanhóis (não me lembro do nome). Muito engraçados e amigos do copo.
Duas polacas completamente diferentes do que eu conheço aqui. Super animadas. Pertenciam ao grupo tardio que ficava no bar a cantar e a beber até tarde.
Alemães e austríacos – pertencem ao grupo de Dresden e são o máximo. Fartam-se de brincar uns com os outros e pregar partidas. Ali não há chefes e alunos… há pessoas… e suponho que o ambiente naquele laboratório deve ser fantástico.
Franceses, italianos, ingleses, japoneses, belgas, americanos… falei com todos um pouco… mas mesmo só um pouco.
Havia mais brasileiros mas pelos vistos eram demasiado “grandes” para conhecerem o pessoal do bar por isso fica para a próxima. Um dos grandes nomes desta área da ciência quando soube que era portuguesa contou-me uma história que se tinha passado numa praia (de nudismo) onde os reis iam passar férias. Eu tentei adivinhar qual era mas sem sucesso. Ela já se ia embora quando lhe disse “Sintra”. O homem ficou tão contente por eu me ter lembrado que me deu um beijo na testa. Isto na minha segunda noite…
Ambiente
Bem para primeira vez Kirchberg não é uma conferência fácil. Fala-se de -se de é uma conferência fácil. Fala-se de ciência desde manha á noite e muitas vezes em física avançada. Toda a gente fala com toda a gente e felizmente há muitos jovens para se conhecer. Dei por mim muitas vezes a passear pelo bar cheio de gente, de copo de vinho na mão (uma pessoa tem que evoluir alguma coisa e os copos de cerveja de meio litro não dão grande jeito), a meter conversa, fazendo lembrar a queima. No fundo o ambiente é comparável… agora que acabou e que estou em casa sinto aquele vazio de domingo de queima no qual pensamos “e agora?”. Voltar ao trabalho, acabou a festa e a animação. Só não é bem o mesmo porque tinha 8h de conferências por dia, das quais devo ter entendido 10%, mas pronto, o ski e as noitadas compensam (uma noitada aqui é até ás 3h da manha, mas houve um dia que ficamos até às 5.30 e outras pessoas até ao pequeno-almoço). Na despedida houve promessas de visitas e viagens entre o grupinho do ski. Mesmo que isso não aconteça, pelo menos no próximo ano encontramo-nos em Kirchberg outra vez. Eles também querem conhecer Portugal e tenho que lhes organizar um tour pelo nosso país.
terça-feira, 20 de março de 2007
Dia do PAI
Rabugento, chato, problemático, embirrento, faz sempre tudo ao contrário da minha vontade e não me deixa fazer nada do que quero.
Descrição do filho feita pelo pai:
Rabugento, chato, problemático, embirrento, faz sempre tudo ao contrário da minha vontade e não me deixa fazer nada do que quero.
Mas depois lá no fundo, depois das guerras, vem o dia do pai, oferece-se um presente, vê-se um jogo de futebol juntos e fica tudo bem.
Parabéns a todos os pais especialmente ao meu… não falei contigo hoje por dificuldades técnicas mas não me esqueci. Beijinhos
segunda-feira, 19 de março de 2007
Voltei
sábado, 10 de março de 2007
Até p'ra semana
- Não vem no Google earth (será que existe mesmo? Talvez tenham que inventar o Google Saturno ou Jupiter).
- Andei a ver as pistas e há para principiantes, media e avançada... ao fundo da página estava escrito: se é a sua primeira vez na neve NÃO aconselhamos Kirchberg (medo medo medo!)
Até para a semana pessoal... portem-se bem e não sintam saudades minhas.
quinta-feira, 8 de março de 2007
Dia da mulher
A polónia não é excepção e quando saí à rua lá estavam eles e elas… todos assim com caras a modos que estúpidas e sorrisos parvos. Passam o ano todo com cara de maus amigos e depois chega este dia (ou o 14 de Fevereiro) e pronto, fica tudo cor de rosa. Havia flores a vender em todo o lado incluindo nas ruas. Desta vez a variedade era maior… além da típica rosa vermelha também havia tulipas amarelas. O porquê desta escolha não sei, mas reparei que estas ultimas também eram oferecidas nos supermercados e lojas (a mim também me calhou uma), por isso suponho que seja por serem baratas. Ainda gostava de saber quantos destes homens oferecem flores às mulheres o resto do ano. É que neste dia uma mulher sai de casa… chega ao trabalho tem uma flor no gabinete… vais às compras e recebe outra… vai ao restaurante e olha… mais uma florinha… depois chega à casa e vem o marido com outra! “Oh querido… uma flor… não estava nada à espera”. Pois homens… aprendam comigo… o melhor da flor não é o cheiro, a cor, a beleza… é o primeiro contacto com ela… a surpresa de a receber… por isso se quiserem a vossa mulher feliz ofereçam-lhe uma flor amanhã, ou de hoje a uma semana, ou a um mês.
Não, eu não sou completamente contra este dia, pelo contrario, já que isto traz boa disposição às pessoas deviam era haver mais destes, simplesmente não consigo dar os parabéns às mulheres… dou-os sim aos homens… por nos aturarem e fazerem felizes, porque um mundo sem homens seria um PESADELO!!!
quarta-feira, 7 de março de 2007
Espirito académico
Hoje senti-me adoentada e como Kirchberg está à porta fiquei em casa a recuperar. Ao fim da tarde vieram fazer-me uma visita. O meu quarto está cheio daquelas coisas giras que vocês me deram antes de vir inclusivé o quadro com as nossas fotos. Elas entenderam então o que é ter muitos amigos e fizeram a fatal pergunta:
“Se fizeste tantos amigos em Évora porque é que aqui não estás a ir pelo mesmo caminho?”
Aí está uma boa questão! Como é que se explica a esta gente o que é o espírito académico? O que nos move a começar a falar com o vizinho do lado só porque sim! O que nos leva a sair á noite sem nada combinado porque encontramos sempre amigos. O que é que leva toda população universitária a enfiar-se num tasco minúsculo e que noutras situações teria aspecto duvidoso, a beber abafadinhos. O que é um jantar regado (e bem) de cerveja. O que é saltar para a coluna da discoteca e enquanto se mantém o equilíbrio tentar dançar. Sair até de manha e a seguir tomar banho e ir para as aulas! Derreter numa esplanada com 40º à sombra a beber minis e a comer caracóis. As praxes, as tunas, os padrinhos/afilhados, as queimas… como é que se explica que é impossível viver isso tudo país onde as pessoas não abraçam… não beijam… não cometem essas pequenas loucuras… que tanto me convidam para ir à discoteca como à igreja… que ficam horrorizados quando eu falo que em Portugal é comum deixar cadeiras para trás e acabar o curso em mais um ou dois anos! E pior, como é que explico que isso vale a pena!!! Que a vida não é só livros… que sair á noite e ficar sentado à conversa a falar de trabalho não é diversão!!!
Nem todo o inglês do mundo chegava para lhes explicar tudo isso porque são coisas que só vividas se entendem… por isso amigos polacos… sim, ao vosso estilo mas pode-se dizer que são meus amigos, jamais, alguma vez, na vossa vida saberão entender, compreender e outras acabadas em er, que o espírito académico não se explica, vive-se e uma vez vivido jamais esquecido!
terça-feira, 6 de março de 2007
Curiosidades V
Neste momento na minha gaveta encontram-se:
1- Bilhete para Kirchberg (Sábado)
2- Bilhete para Lisboa (Abril)
3- Bilhete para Praga (Maio)
4- Bilhete para Lisboa (Agosto)
Era só para meter inveja! É que ainda falta para Dresden e Londres (antes do verão) e Cracóvia (depois do verão)…
Já sei já sei… cala-te antes que ainda leves!
Curiosidades IV
Curiosidades III
Curiosidades II
Curiosidades I
Esquerda para os homens e direita para as mulheres. No mínimo sugestivos! Só descobri isto um mês depois de cá estar o que quer dizer que andei a usar a casa de banho certa perto do meu gabinete, por pura sorte… é que eu achava que era comum!!!
domingo, 4 de março de 2007
Caminhada...
Queria comprar uns sapatos leves para levar para o congresso que segundo me consta se passa dentro do hotel onde está calor. Eu até ia de chinelinho, mas acho que não me iam deixar! Bem… a Ewa explicou-me que a 3 paragens de eléctrico da minha casa ou a 25 minutos a pé havia um outro centro comercial com uma loja enorme de sapatos. Disse-me que era também perto do “Castorama” (loja de moveis) e para perguntar a alguém qual o caminho (a conversa foi pela net). Ora… perguntar a alguém… mas eu já fui duas vezes com ela ao Castorama sei perfeitamente onde é!
Às 10:30 da manha saí de casa… realmente em menos de 20min. cheguei à loja de moveis não vi foi centro comercial nenhum. A seguir vejo uma placa a dizer para virar á direita. Continuei por uma rua larga e comprida que nunca mais acabava. Decidi perguntar a um senhor… tive sorte pois o senhor falava inglês… explicou-me que isso ainda ficava a 2km (já tinha andado 4) e ensinou-me o caminho. Por curiosidade disse-lhe “mas o castorama é ali”, “pois menina, mas aquele é outro”. Pronto percebi logo o meu erro, mas já estava a mais de meio decidir continuar.
Andei… andei… andei… e nada… passei igrejas, várias aldeias… sempre a pé. No caminho ia perguntando o caminho ás pessoas… Como sei perguntar em polaco toda a gente achava que eu falava e desatavam a explicar tudo em polaco… a certa altura desistir de dizer que não entendia, dizia “tak” a tudo e lá percebia o essencial (ainda bem que a minha ultima aula de polaco foi “prosto” – a direito, “lewo” – esquerda e “prawo” – direita). Cheguei a um ponto em já só havia meia dúzia de casas e o resto eram fábricas abandonadas… não via um carro, uma pessoa, nada!
“Estou aqui estou na Alemanha”
Pensei várias vezes em voltar para trás, mas a palavra desistir ainda não faz parte do meu dicionário e pensava “devo estar cada vez mais perto, não saio daqui sem encontrar o raio do centro comercial”. Por outro lado tinha a sensação que já estava a andar em direcção ao centro outra vez. Sim, a Ewa não me enganava e não me tinham mandado dar aquela volta toda.
Até que por fim… 3 horas depois de ter saído de casa e sem nunca ter parado… sim 3 horas… encontrei o dito cujo STER! Parecia uma visão ao fim daquele tempo todo. Claro que depois disto tudo fui á loja de sapatos, trouxe os que me serviam (em sapatos tem que ser 35 e aqui há pouco disso), sentei-me a almoçar e só queria voltar para casa.
O centro comercial tinha um mapa que indicava a direcção do centro da cidade. E pronto… andei 200m, encontrei a paragem do eléctrico… 3 paragens depois estava em casa! Simples não é?
Em casa peguei no mapa e assombrei-me com a volta que dei… andei cerca de 20km?!?!?!?!?!
sábado, 3 de março de 2007
E foi há 6 anos...
Um beijo enorme a todos aqueles que partilharam essa noite comigo.
Visita ao Castelo dos Duques da Pomerânia
Tenho a dizer que ser turista em Szczecin (de uma vez por todas aprendam lá a escrever o nome desta bela cidade… vá, caneta e papel e ‘tá tudo a treinar) não é nada fácil. Nas ruas inglês é mentira, mas pelo menos no museu eu esperava que falassem. Sem saber bem onde ia, dei com o largo central (ópera ao ar livre) e vi que tinha varias portas. Logicamente escolhi a que dizia museu, já que também era a única que tinha palavras que eu entendia. E eis que começa o concurso:
Porta n.º 1 - Só vi uma senhora e perguntei se falava inglês. Não falava e desatou a falar numa língua muito estranha, que não era polaco, porque essa já eu conheço á légua. A certa altura percebi que era alemão! Mas se perguntei se falava inglês porque é que ela achou que eu ia entender alemão? Obvio que não percebi patavina e ela lá me apontou o dedo para outra porta.
Porta n.º 2 - Encontrei a bilheteira e percebi tudo… ou não! Era uma senhora idosa que também não falava inglês e que também falou para mim alemão. Eh pá… eu sei que estamos perto da Alemanha e que a maior parte dos turistas devem ser alemães mas SE eu falasse alemão tinha perguntado isso e não se falavam inglês. Bem… mas eu só queria um bilhete para ver o museu! Nada a mulher manda-me seguir um homenzinho que chegou à rua e me apontou outra porta.
Porta n.º 3 – Senhora idosa a ver televisão a preto e branco (aquela sim ainda deve ser do tempo dos reis). Já com a certeza da resposta perguntei a medo se falava inglês! Obvio que não… mas adivinhem… apontou o dedo para outra porta.
Porta n.º 4 – Informações… cheguei ao balcão de informações. Encontrei alguém que falava inglês e que me explicou tudinho. Deu-me uns folhetos sobre a história do castelo e da cidade (já tinha um mas diferente e informação nunca é demais). Explicou-me que só se podem comprar bilhetes ali e na bilheteira mas que a senhora não deve ter entendido o que eu queria. Muito gentil pediu também desculpa pela confusão. Mais informada lá fui finalmente ver o museu. Nada de especial… caqueiros (como diz a minha avó) velhos, pedras, uma sala com uma exposição de fotografia (esta gostei… da sala e da exposição), mas o que mais me deu mais gozo foi ver os sarcófagos dos Duques de Pomerânia. Nada de especial também, mas achei-os tão simples que me impressionaram… nada como alguns reis cobertos de ouro… muito simples de pedra trabalhada com umas inscrições em polaco (não tenho a certeza mas pareceu-me). Ah… note-se que todas as peças tinham um quadro a explicar a história… em polaco e alemão, por isso fiquei a nadar. Se calhar se entendesse tinha gostado mais.
A minha intenção era também ir ao parque perto da piscina que ainda só conheço de passagem mas o dia estava tão cinzento e as fotos não estavam a ficar grande coisa e vim embora. Fica para a próxima.
Outra coisa que adoro nesta cidade é o cheiro a chocolate que há no ar… ainda não descobri de onde vem, mas no dia em que descobrir saio de lá que nem uma bola.
Uma coisa posso garantir aos meus futuros visitantes… Szczecin desperta-nos absolutamente os cinco sentidos, mas não é cidade para se ver num dia… e numa semana é apertado! Mesmo com uma guia fabulosa como eu! Tive a bela ideia de fazer uma foto reportagem da cidade ao longo destes 3 anos. Vou tirando fotos em várias alturas do ano e depois faço uma coisa gira… que acham?
quinta-feira, 1 de março de 2007
Mais conhecimentos
1- Se o querem impressionar, falem mal dos japoneses. Os primeiros 10 minutos que o conheci, quando o senhor foi ao meu gabinete, passou-os a falar mal da mentalidade dos japoneses.
2- Tinha uma cara engraçadíssima e parecia felicíssimo de estar ali, pelo menos estava sempre a rir. Era extremamente simpático e falador… sim… muito mais que eu!
3- Pelo que percebi eles são muito pressionados para mostrarem trabalho. Na apresentação dele mostrou o que tinha feito desde 1982 incluindo a quantidade de artigos e livros publicados, e o número não impressiona ninguém. Alguém me disse que a educação deles é mesmo assim.
4- Aconselhou os polacos a irem para a China porque nunca se iriam sentir sozinhos, já que 30% dos estudantes são europeus.
5- Também disse que lhes iria fazer bem pois podiam praticar o inglês. Bem… nesta parte tenho as minhas dúvidas, é que não era fácil entender o senhor. Sabiam que os chineses têm a língua mais curta o que lhes dificulta a tarefa de pronunciar alguns sons? Pois e este era um bom exemplo disso.
Neste momento já há pessoas a pensar… olha para esta parva, conheceu um chinês e parece que já conhece a China toda. Pois realmente foi só um, mas era esta a ideia que eu tinha dos chineses e não me enganei. Se for como este não vai haver problema de certeza.