terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tugas na Polonia

De repente e por uns dias o numero de tugas nesta cidade dobrou. Depois de muitas promessas que ouvi das mais variadas pessoas, finalmente houve alguém que passou da palavra à acção e veio-me visitar.
Encontrei-os ainda com o friozinho na barriga do primeiro voo, com medo da comida estranha e de encontrarem um país feio e destruido como ainda muita gente imagina a Polonia. 24h depois a opiniao deles já tinha mudado. Afinal este país tem imensos parques de relva verde como nao se vê nenhum em Portugal. Há muito menos vandalismo, as pessoas são brutas na rua mas afaveis quando se dão a conhecer, e é mais ou menos tudo barato. Quem foi à missa disse que observou o respeito que havia em Portugal antes da época dos telemoveis e do tempo em que se ia à igreja para rezar e não para mostrar o vestido novo, ou comentar o cabelo da vizinha.
Comeram tudo e gostaram. Beberam cerveja de meio litro e também gostaram. Andaram quilometros e gostaram de descansar na relva verde e fresca. Subiram ao 22º andar para comer bolo e apreciar a vista e gostaram. As viagens nos velhinhos comboios polacos acabaram por se tornar divertidas por serem um desafio ao equilibrio e à força da gravidade. Gostaram de Poznan e Wroclaw, com as cabras a marrarem na primeira e os anoezinhos na segunda. Gostaram de Berlim mas continuaram a gostar mais da Polonia.
Não gostaram dos bebedos logo de manhã. Não gostaram de os ver a remexer os caixotes do lixo em busca de restos de cerveja no fundo das garrafas. Não gostaram de ter de ir embora tão depressa.
Tiveram sorte com o tempo é certo. Nunca antes tinha visto tanto calor seguido, com o sol tão brilhante e o ceu tão azul nesta cidade. Ainda bem que assim foi. Agora ficaram com vontade de conhecer outros sitios e outros lugares. De ceu mais ou menos azul. De relva mais ou menos verde. Com comida melhor ou pior. Melhor ou pior cerveja. Viram que nada disso interessa. Interessa é conhecer e ficar a saber se se gosta ou não.

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